quinta-feira, 26 de maio de 2011

Desculpe-me, foi engano


Desculpe-me pelo engano.
Achei que fosse outra pessoa.
Achei que fosse alguém capaz de amar, além de ser amado.
Achei que, aliás, o amor pudesse ser ainda o lugar das ilusões.
 
Desculpe-me por minhas boas ou/e más intenções.
Por ter depositado em ti o peso da força que não tinhas
E por ter acreditado que eras capaz de descobrir a leveza da vida
Para, junto com o vento, se desprender da dureza da terra. 
 
Desculpe-me, achei que fosse outra pessoa.
Achei que fosse alguém capaz de dizer abertamente  
Que o tempo já tinha acabado.
Que tudo que foi vivido, foi… porque tinha de ter sido.
 
Desculpe-me pelo tempo que perdi e pelo tempo que te tomei.
Tempo este que, infelizmente, se apagará no meio de tantas outras coisas.
Mas… por que, do seu tempo, não guardou apenas um mísero segundo
Para a pronúncia da triste e derradeira palavra “adeus”?   

Quantos já beberam aqui.


Contador de visita

Onde (e quantos) estão bebendo neste momento.