domingo, 11 de julho de 2010

Amigas

Guardo muitas lembranças da época da graduação - Letras na Universidade Federal da Bahia, de 1998 a 2002. Foi um dos períodos mais felizes e profícuos de miamigosnha vida, apesar da correria, já que eu trabalhava, estudava e cuidava da casa, ou melhor, do apartamento, onde eu morava, juntamente com meus irmãos - Dil, Jorge e João. Não é minha intenção aqui usar a frase clichê “eu era feliz e não sabia”. Não… não gosto dessa frase! Não gosto e não concordo. A gente sabe que é feliz, só não dá muita importância. Temos a tendência cultural do saudosismo, super valorização do passado, como se o ontem e tudo que lá ficou fosse melhor do que o hoje. Eu fui e sou feliz, mas trago as lembranças do passado com sabor de inveja de Peggy Sue. Felizmente, não trago só lembranças. Trago também algumas das boas amizades que conquistei nessa época.

Este fim de semana, por conta da vinda de uma dessas amigas a Salvador, resolvemos fazer um almoço na casa de Aline. Nada mais coerente do que celebrar a amizade com comida, já que a palavra “companheiro” deriva de uma imitação do germânico gahlaiba, em que ga significa “com” e hlaiba significa ”pão”, ou seja, “com pão”, ou ainda, “aqueles que comem juntos o pão”. Mas como eu ia dizendo, o almoço foi na casa de Aline. Explico por quê: Aline fez Letras, é uma excelente professora apaixonada pela morfossintaxe, mas resolveu  estudar gastronomia e, como aprendeu a fazer caruru, quis fazer o dever de casa. Resultado disso: que caruru delicioso!!! Aprovada com louvor. Não vou falar sobre o prato preparado por Aline aqui neste post. Sobre isso, leitores, acredito que a nossa futura chef queira postar alguma coisa em seu blog. Esperem para ler! Agora, sobre as amigas, vamos lá… já que é isso que me traz aqui.

Aline é uma das amigas que conheci no período de graduação. Além de excelente profissional, é, na minha opinião, excelente dona de casa. É casada e tem dois filhos. E se vocês acham que família feliz só exite em comercial de margarina, estão enganados… Na casa dessa amiga existe. Aline se define como a mulher que nasceu para ser mãe. Nesse ponto, somos muito diferentes,  apesar de termos o mesmo signo. Admiro e respeito quem tem esse dom, mas brinco quando me cobram pela maternidade: “filho é bom, mas dura muito”, frase utilizada por Mário Prata.

Acho que Aline é mais parecida com Admari, amiga também da graduação. Dima, como a chamamos, é também excelente profissional, mãe e dona de casa e, neste momento, esbajando felicidade por estar esperando seu segundo filho. Batalhadora pra caramba, Dima é daquelas amigas que a gente sabe que pode contar nos momentos difíceis. Acho que já disse a ela do quanto admiro a sua força e paciência para lidar com as dificuldades do dia a dia.

Kaline, o motivo do nosso almoço, está morando em Fortaleza, mas de vez em quando aparece por aqui para matar as saudades - as nossas e a dela. A nossa baixinha é um pouco exagerada em tudo, menos no tamanho. Kaline fala muito, ri muito, trabalha, estuda e se diverte (pois é, pasmem, ela consegue fazer tudo isso). É impossível ficar sem rir, quando se está perto dela. Até quando fala de seus problemas, seu bom humor não desaparece. Desculpem-me, minto… ela fica mal-humorada quando está dirigindo.

Enfim, como diria Abraham Lincoln “A melhor parte da vida de uma pessoa está nas suas amizades”. Essa é a melhor parte de minha vida.

 

 

Um comentário:

  1. Nossa, adorei os elogios... e fiquei um tanto acanhada em escrever, depois de ter lido um texto tão bonito. Mas escrevi! E nos dois blogs!

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